Pesquisa mostra ampliação do uso do Pix como forma de pagamento

Levantamento de consultoria aponta que 66% dos entrevistados já fizeram pagamentos para profissionais liberais e trabalhadores informais via Pix, enquanto 72% das transações são feitas entre pessoas físicas.

Foto: Marcello Casal Jr/Agência Brasil

Segundo uma pesquisa sobre ampliação do uso do Pix como forma de pagamento, 66% dos entrevistados já fizeram pagamentos para profissionais liberais e trabalhadores informais via Pix. Além disso, 72% das transações são feitas entre pessoas físicas. É o que mostra o estudo “Pix no Brasil: Cenário e Oportunidades” da Capco, consultoria global do Grupo Wipro. 

A pesquisa indica que a ferramenta vem criando novas oportunidades de negócio e facilitando operações para consumidores, empreendedores e até pessoas físicas que fazem transações usuais do dia a dia. Quem pode confirmar essa análise na prática é Ana Rayssa da Silva, fotógrafa do Distrito Federal que atua no próprio negócio e tinha dificuldades com pagamentos por TED ou DOCs. 

“Antes era muito problemático depender das transferências bancárias. Primeiro por causa dos horários. Ficávamos presos nos horários dos bancos e, muitas vezes, era necessário esperar até o dia seguinte para o dinheiro cair na conta. Isso prejudicava o fluxo do controle de caixa”, conta.

Antes do PIX também havia as taxas de transferência entre bancos diferentes, que ela avalia como um outro problema. “Agora, com o Pix, tudo melhorou. Não tem mais taxa de transferência e, principalmente, estamos livres da dependência do horário bancário. O que facilita não só a vida do fornecedor mas também a do cliente, que não fica ansioso sem saber se o dinheiro caiu ou não”, pontua.

A pesquisa ainda mostra cenários que podem ser estudados para um melhor desenvolvimento da ferramenta. A possibilidade de parcelar compras com Pix, por exemplo, está nos planos do Banco Central para 2023. Quase metade dos entrevistados do levantamento, 40%, indicam que ficariam mais propensos a migrar dos pagamentos em cartão para o Pix com esse parcelamento. 

O uso dos cartões de crédito ou débito ainda é preferido hoje por 66% dos entrevistados, que justificaram os sistemas de recompensas como argumento pela preferência, como programa de fidelidade, descontos e cashback, entre outros. A segurança dos pagamentos com Pix também vem sendo debatida.

A pesquisa conclui que, apesar da grande aceitação e eficiência em transferências de dinheiro, o Pix precisa de alguns ajustes para atingir todo o potencial como meio de pagamentos no varejo. Fatores como o tempo para realização das operações e a falta de recompensas do sistema, como acontece com os cartões de crédito, são alguns dos exemplos de implementação que beneficiariam ainda mais a utilização.

“Nossa análise indica que o tempo que o cliente leva para realizar um pagamento via Pix pode ser até duas vezes maior na comparação com outros meios de pagamentos físicos. É essencial, portanto, que as instituições financeiras otimizem suas jornadas de operação do Pix, reduzindo o tempo necessário para a realização de pagamento por este meio”, destaca Aline Lemos, consultora da Capco Brasil.

O que é Pix

Yuri Bezerra, advogado especialista em Direito Civil, explica o surgimento dessa ferramenta. 

“O sistema de pagamento Pix foi instituído pelo Banco Central e teve início de transações em 16 de novembro de 2020. A proposta inicial é a criação de um sistema eletrônico que possibilite transações de valores 24 horas por dia, sete dias por semana, sem a cobrança de taxas e de forma instantânea. A ideia inicial desse sistema é possibilitar transações eletrônicas de valores como se fosse uma verdadeira troca de valores cara a cara, em substituição ao TED e ao DOS”, conceitua.

Jonas Sales, advogado diretor do Instituto Brasileiro de Política e Direito do Consumidor e vice-presidente da Comissão de Direito do Consumidor da OAB/DF, ressalta que uma das dicas importantes para manter a segurança é se atentar aos dados pessoais das chaves. 

“Sempre utilizar aquela chave aleatória, aquela chave que você faz na hora ali no aplicativo. Porque se você passa seu CPF ou seu número de telefone, isso facilita com que um possível golpista tenha mais facilidade de acesso aos seus outros dados. E com isso pode praticar condutas criminosas”, aconselha.
 

Fonte: Brasil 61

Pequenos empresários já podem pedir dinheiro do Pronampe

Crédito ficará disponível até 31 de dezembro de 2024

A partir de hoje (25), interessados em contratar empréstimos pelo Programa Nacional de Apoio às Micro e Pequenas Empresas (Pronampe) já podem procurar as instituições financeiras. Criado há pouco mais de dois anos para socorrer empresários durante a pandemia de covid-19, o programa oferece empréstimos para pequenas empresas com juros mais baixos e prazo maior para começar a pagar.

O dinheiro pode ser usado para investimentos, como aquisição de equipamentos ou realização de reformas, e para despesas operacionais, como salário dos funcionários, pagamento de contas e compra de mercadorias. É proibido o uso dos recursos para distribuição de lucros e dividendos entre os sócios do negócio.

Desde de sua criação, o Pronampe passou por várias mudanças. Em junho do ano passado, o programa tornou-se permanente e, mais recentemente, incluiu microempreendedores individuais (MEI) e empresas de médio porte. A última mudança foi feita em junho por uma portaria publicada pela Receita Federal. A norma determina a necessidade do compartilhamento de informações sobre o faturamento do pequeno negócio. Após esse procedimento, o empresário pode negociar o empréstimo com a instituição financeira de sua preferência.

Acesso a empréstimo

Podem pleitear o empréstimo microempresas com faturamento de até R$ 360 mil por ano, pequenas empresas com faturamento anual de R$ 360 mil a R$ 4,8 milhões e empresas de médio porte com faturamento até R$ 300 milhões.

Regras

Pelas regras do programa, a empresa que optar pelo financiamento precisa manter o número de empregados por até 60 dias após a tomada do crédito. A companhia pode pegar empréstimos de até 30% da receita bruta anual registrada em 2019.

No caso de negócios com menos de um ano de funcionamento, o limite do financiamento é de até metade do capital social ou de 30% da média do faturamento mensal.

Todas as instituições financeiras públicas e privadas autorizadas a funcionar pelo Banco Central podem operar a linha de crédito. Os empréstimos têm a garantia, pela União, de até 85% dos recursos.

Pagamento

O valor tomado poderá ser parcelado em até 48 parcelas, sendo o máximo de carência de 11 meses e mais 37 parcelas para pagamento. A taxa de juros anual máxima será a mesma da taxa Selic, hoje em 13,25% ao ano, acrescida de 6%. O prazo para começar a pagar o empréstimo é de 11 meses.

Prazo

De acordo com o Ministério da Economia, a data de contratação da operação de crédito segue até 31 de dezembro de 2024. Até lá, o governo estima que R$ 50 bilhões possam ser emprestados para os pequenos negócios.

Para obter o empréstimo, os empresários precisam compartilhar com a instituição financeira de sua preferência os dados de faturamento de suas empresas. Feito isso, o empresário estará apto a negociar o empréstimo junto ao banco. Caso o banco não esteja listado na relação de possíveis destinatários, o dono de uma empresa deve entrar em contato com a agência bancária e verificar a previsão de adesão ao sistema.

O compartilhamento é feito de forma digital, por meio do portal e-CAC, no site da Receita Federal. Basta clicar em “Autorizar o compartilhamento de dados”.

Fonte: Agência Brasil

Serviços do GDF podem ser solicitados por quatro centrais de atendimento

Cerca de 230 mil pessoas por mês buscam orientações pelos números 151, 156, 160 e 162.

Quer solicitar a colocação de uma boca de lobo, a poda de uma árvore que ameaça a rede elétrica ou a reforma de calçadas? O pedido pode ser feito nos canais de atendimento do Governo do Distrito Federal (GDF). Cerca de 230 mil pessoas são atendidas por mês pelos canais de atendimento acessíveis por meio dos números 151, 156, 160 e 162.

Segundo a Secretaria de Economia, a central mais demandada é a 156, que recebeu, somente no mês de junho, 62 mil ligações, das quais 22 mil eram de pessoas procurando o serviço para fazer o Cadastro Único

Estes canais atendem moradores do Distrito Federal com demandas fiscais ou de saúde, bem como para registro de reclamações sobre serviços prestados, elogios e relações de consumo. O contato também pode ser feito pela internet. No mês de junho, foram recebidas 145 mil ligações nestes canais de atendimento, além de 51 mil que foram realizadas pelas atendentes pelos atendentes da Central.

De acordo com a Secretaria de Economia (Seec), responsável pela gestão do serviço, a central mais demandada é a 156, que recebeu, somente no mês de junho, 62 mil ligações, 22 mil eram de pessoas procurando o serviço para fazer o Cadastro Único.

A Central 156 disponibiliza nove opções de atendimento, com serviços distintos, como recadastramento do Bolsa Família, telematrícula e DF Alfabetizado, IPTU e IPVA, horários de ônibus, habitação, combate à violência contra a mulher, Disque Racismo, Disque Idoso e Na Hora, entre outros.

O interessado pode ligar de segunda a sexta-feira, das 7h às 21h, e aos fins de semana, das 8 às 18h. Existe, ainda, o atendimento eletrônico oferecido pela Unidade de Resposta Audível (URA), que funciona 24 horas.

A população do DF pode solicitar serviços e acessar informações por canais de atendimento por telefone, presencial ou online | Foto: Divulgação

A Seec, gestora do serviço 156, destaca que a Central de Atendimento é um meio prático, ágil e de baixo custo, considerando o grande alcance que proporciona aos habitantes do Distrito Federal. Além disso, o cidadão tem acesso, por telefone, às informações necessárias para a utilização dos serviços ofertados pelo GDF.

No telefone 160, da Secretaria de Saúde (SES), o serviço mais demandado é a Central de Marcação de Consultas e Exames, com uma média de 35 mil ligações mensais. O canal disponibiliza opções de atendimento para serviços como agendamento para doação de sangue (Hemocentro), doação de leite materno e para a Farmácia de Componente Especializado – (farmácia de alto custo).

No telefone 160, da Secretaria de Saúde, o serviço mais demandado é a Central de Marcação de Consultas e Exames, com cerca de 35 mil ligações mensais

A Ouvidoria do Distrito Federal, que pode ser contactada pela Central 162, é destinada a fornecer informações e receber sugestões, denúncias, elogios, reclamações e solicitações. O canal facilita o acesso do cidadão ao serviço de Ouvidoria, pois recebe ligações de telefones fixos e celulares de forma gratuita.

Pela Central pode ser feito o registro de demanda e a verificação da resposta dada pelo órgão, caso o cidadão tenha dificuldade de acessar o e-mail para acompanhar o andamento dos pedidos. É nesse canal de atendimento que uma pessoa pode solicitar serviços como consertos de calçadas, limpeza de bueiros e conserto de buracos em vias. O horário de atendimento é de segunda a sexta, de 7h às 21h e, aos sábados e domingos, das 8h às 18h.

É possível acessar serviços da Ouvidoria pela internet (clique aqui), onde o próprio cidadão pode registrar seu pedido e anexar fotos, vídeos e outros arquivos. Também é oferecido atendimento presencial nas unidades de ouvidoria de cada órgão (veja aqui a lista de endereços das ouvidorias do GDF). A Central 162 ainda oferece atendimento em Libras para pessoas com deficiência auditiva (acesse aqui). Para mais informações sobre os canais de atendimento de Ouvidoria, clique aqui.

O número 151, do Procon, fica disponível de segunda a sexta-feira, das 7h às 21h e, aos sábados, domingos e feriados, das 8h às 18h, tanto para consumidores quanto para fornecedores. A lista completa dos serviços dos serviços prestados pelas quatro centrais do GDF pode ser verificada neste link.

Fonte: Agência Brasília

Pesquisa mede impacto da burocracia para comprovar identidade

Pesquisa mostra que 98% da população já enfrentou essa dificuldade.

Divulgação: Tribunal Superior Eleitoral

Seis em cada dez brasileiros já perderam um dia de trabalho para comparecer a um local em que era preciso confirmar sua identidade, e também é essa a proporção dos que faltaram a alguma aula para resolver esse tipo de burocracia. Esses e outros dados foram divulgados hoje (19) e fazem parte de uma pesquisa realizada pelo Instituto Locomotiva e pela empresa Unico, startup que desenvolve formas de identificação digital.

Para o estudo, o Instituto Locomotiva ouviu, entre os meses de abril e maio deste ano 1.561 adultos das classes A à D e com acesso à internet. Os entrevistados são de todas as regiões do país, e a margem de erro dos dados é de 2,5 pontos percentuais.

Segundo as respostas, 98% da população afirmam já ter enfrentado alguma dificuldade para confirmar a própria identidade, 94% declaram já ter perdido tempo e 84% relatam ter sofrido prejuízos financeiros.

A necessidade de confirmar sua identidade presencialmente foi mais frequente em serviços bancários e financeiros, o que ocorreu no caso de 93% dos entrevistados. Mesmo quando são considerados apenas os últimos 12 meses, 69% das pessoas afirmaram que precisaram comparecer a essas instituições para comprovar que eram elas mesmas. 

Para o diretor de Comunicação da Unico, Pedro Henrique Oliveira, não surpreende que os bancos estejam no topo desse ranking. “Isso está associado a uma tentativa de criar cada vez mais camadas de proteção, o que é louvável. Mas o que o setor precisa entender é que há formas mais modernas de manter segurança sem gerar fricção”, afirma ele, que destaca que os deslocamentos para confirmar a identidade causam custos às pessoas que vão além da passagem de ida e volta. “Vamos imaginar que seja uma diarista. Quando ela precisa ir ao banco só para liberar o seu cartão, essa pessoa deixou de ganhar uma faxina e isso tem um impacto na vida dela”.

Problemas burocráticos relacionados à identificação também causaram prejuízos na hora de conseguir um emprego ou obter auxílio do Estado. Segundo a pesquisa, três em cada dez pessoas já perderam alguma oportunidade de trabalho porque não tinham documento comprovando a qualificação, e um terço dos entrevistados não conseguiu se cadastrar em programas sociais porque faltava algum documento. 

O diretor da startup defende serviços como biometria facial para autenticação de identidades e assinatura eletrônica biométrica. “A pesquisa nos mostra que a sociedade caminha cada vez mais para ser digital e oferecer serviços digitais. Mas o acesso das pessoas, a forma de autenticar e reconhecer as pessoas, ainda segue o padrão de 10 ou 15 anos atrás”. 

Os entrevistados consideraram que os serviços públicos oferecem mais burocracia nesse sentido, já que 71% afirmam ter perdido tempo ou dinheiro desnecessariamente nesses locais, mas o setor privado fica apenas dois pontos percentuais atrás, se for considerada a margem de erro, com percentual de 64%. 

“Dá para ser seguro e evitar fraude sendo simples, por meio da tecnologia. O governo federal já vem mostrando isso com o Gov.br e outros, muitas empresas já vêm caminhando para isso, mas é uma tendência em que a gente ainda precisa avançar no Brasil”, afirma. “A gente ainda não coloca o usuário no centro do processo. Em nome da proteção, que é necessária, a gente cria muitas barreiras”.  

Fonte: Agência Brasil

Semana começa com 220 oportunidades de emprego

Há vagas nas agências do trabalhador, nesta segunda-feira (18), para atividades como terapeuta ocupacional, diretor comercial, cozinheiro e confeiteiro.

As agências do trabalhador da Secretaria do Trabalho (Setrab) oferecem 220 vagas nesta segunda-feira (18). Três ocupações concentram grande parte das oportunidades (30): ajudante de estruturas metálicas, para trabalhar em Samambaia Norte; alimentador de linhas de produção, em Águas Claras; e atendente de lanchonete, na Asa Norte. Os salários variam de R$ 1.212 a R$ 1,4 mil. Apenas para alimentador de linhas de produção é exigida escolaridade (ensino fundamental completo).

Na área de gastronomia, há a oferta de um total de dez vagas, sendo duas para confeiteiro, uma em Vicente Pires e uma no Guará. Em ambas as oportunidades não é necessário comprovar experiência. Os salários são de R$ 1,7 mil e R$ 2 mil, respectivamente. Para cozinheiro geral, são oito vagas, todas para Águas Claras. É necessário ter ensino médio completo e experiência.

Para quem tem ensino superior, são disponibilizadas duas vagas nesta segunda-feira: para terapeuta ocupacional e diretor comercial. Os salários são de R$ 2 mil e R$ 3 mil, respectivamente.

Empregadores que desejarem ofertar vagas ou utilizar o espaço das agências do trabalhador para entrevistas podem se cadastrar pessoalmente nas unidades ou pelo aplicativo do Sine Fácil. Também é possível solicitar atendimento através do e-mail gcv@setrab.df.gov.br. Pode ser utilizado, ainda, o Canal do Empregador, no site da Secretaria de Trabalho.

Os interessados podem cadastrar o currículo no aplicativo Sine Fácil ou ir a uma das 14 agências do trabalhador, das 8h às 17h, durante a semana. Mesmo que nenhuma das vagas do dia seja atraente ao candidato, o cadastro vale para oportunidades futuras, já que o sistema cruza dados dos concorrentes com o perfil que as empresas procuram.

Fonte: Agência Brasília

Consumidores podem remarcar ou pedir créditos de serviços turísticos ou eventos culturais cancelados por causa da pandemia até 2023

Medida provisória define prazo para utilização dos créditos ou remarcação das atividades até 31 de dezembro de 2023. Empresas só vão precisar reembolsar os cidadãos em último caso.

Os consumidores que tiveram serviços de turismo ou eventos culturais cancelados ou adiados por causa da pandemia da Covid-19 vão ter até 31 de dezembro de 2023 para remarcar ou utilizar os créditos referentes a essas atividades. É o que diz a Medida Provisória (MP) 1101/2022, sancionada no último dia 5. 

Foto: Tânia Rêgo/Agência Brasil

De acordo com o governo, a medida visa garantir o direito dos consumidores, ao mesmo tempo em que zela pela sobrevivência dos setores de turismo e cultura, que estão entre os mais prejudicados pela suspensão das atividades durante a pandemia. 

Aci Carvalho, diretor-regional da Associação Brasileira dos Promotores de Evento (Abrape) no DF, comemorou a aprovação da MP. “Se faz justiça no sentido de não obrigar a devolução e, sim, a entrega, tendo em vista que em um evento é necessário que os custos sejam pagos com antecedência. A lei ajuda o setor, mas principalmente dá garantia da entrega ao consumidor, porque faz com que você seja obrigado a entregar aquele produto, de modo que é muito mais fácil você entregar aquilo que foi adquirido pelo consumidor do que a devolução de um dinheiro que já está na mão de vários outros entes”, avalia. 

Segundo o texto aprovado no Congresso Nacional sob a forma do Projeto de Lei de Conversão (PLV) 14/2022, nos casos das atividades adiadas ou canceladas até 31 de dezembro deste ano, os consumidores vão poder optar pelo crédito do serviço ou evento ou pela remarcação. O prazo para ambas as opções se estende até o fim do ano que vem. 

Se não for possível remarcar o serviço ou evento, ou conceder crédito para uso em outra atividade, o fornecedor vai ter reembolsar o consumidor. Nesse caso, a restituição deverá seguir as seguintes regras: se o cancelamento ocorreu em 2021, a devolução deve ser paga até 31 de dezembro deste ano; se o cancelamento ocorreu em 2022, o estorno é obrigatório até 31 de dezembro de 2023.  

Larissa Waldow, advogada especialista em direito civil, acredita que a medida pode ser interessante para os consumidores, mas ressalva: ”Às vezes, determinada viagem tem um prazo específico para ocorrer e se não for naquele momento, não é interessante para o consumidor realizar essa viagem. Então, se essa medida não burocratizar ainda mais o reembolso, ela será positiva”, entende. 

“Você ficar com esse crédito e perder o interesse e ter dificuldade para ser reembolsado acho que não é interessante para o consumidor. Até porque, às vezes ele tem interesse em usar o dinheiro para outra coisa ou tem um problema de saúde e poderia usar esse valor no tratamento”, afirma. 

Segundo o governo, os consumidores que já emitiram seu crédito até 21 de fevereiro de 2022 não precisam entrar em contato com o prestador de serviços para prorrogar a data limite, pois o crédito passa a valer automaticamente até o prazo previsto na MP. 

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Fonte: Brasil 61

Distrito Federal precisa qualificar 100 mil trabalhadores em ocupações industriais até 2025

Do total, 75 mil já possuem uma formação ou estão inseridos no mercado de trabalho, mas precisam se aperfeiçoar.

Indústria – Foto: Aleksandar littlewolf /Freepik

O Distrito Federal precisa qualificar 100 mil trabalhadores em ocupações industriais até 2025. A informação consta no Mapa do Trabalho Industrial 2022-2025, compilado pelo Observatório Nacional da Indústria da Confederação Nacional da Indústria (CNI). Do total, 25 mil deverão se capacitar em formação inicial – para repor os inativos e preencher novas vagas – e 75 mil já possuem uma formação ou estão inseridos no mercado de trabalho, mas precisam se aperfeiçoar.

O gerente executivo do Observatório Nacional da Indústria, Márcio Guerra, afirma que a qualificação profissional é crucial tanto para os trabalhadores que já estão empregados quanto para aqueles que estão fora do mercado de trabalho.

“O aperfeiçoamento deve ser uma estratégia para todos os profissionais. O aprendizado ao longo da vida passa a ter um papel fundamental no mercado de trabalho nos dias de hoje.”

No DF, a demanda pelo nível de capacitação até 2025 será de:

  • Qualificação (menos de 200 horas): 34.939 profissionais
  • Qualificação (mais de 200 horas): 16.515 profissionais
  • Técnico: 25.071 profissionais
  • Superior: 24.397 profissionais

Em volume, pouco mais da metade das ocupações (51%) são de nível de qualificação. Mas, segundo Márcio Guerra, houve um crescimento da demanda por formação em nível superior.

“O nível superior cresce sem dúvida a uma taxa muito elevada. Então, é preciso entender que fazer educação profissional não é o fim de uma trajetória. Profissionais que fazem qualificação profissional, fazem curso técnico e depois caminham para o ensino superior são profissionais extremamente valorizados no mercado de trabalho, pela experiência, pela prática e também pela formação”, avalia.

Áreas de formação

No Distrito Federal, as áreas que mais vão demandar profissionais capacitados, tanto em formação inicial, quanto continuada, são:

  • Tecnologia da Informação: 20.844 profissionais
  • Construção: 19.506 profissionais
  • Logística e Transporte: 11.028 profissionais
  • Transversais: 10.516 profissionais
  • Metalmecânica: 7.813 profissionais
  • Alimentos e Bebidas: 6.702 profissionais
  • Eletroeletrônica: 5.124 profissionais
  • Telecomunicações: 4.389 profissionais
  • Automotiva: 2.227 profissionais

O gerente executivo do Observatório Nacional da Indústria, Márcio Guerra, destaca a relevância das ocupações nas áreas transversais. “Ou seja, aquelas ocupações coringas, aquelas profissões que são absorvidas por diversos setores da economia, que vão desde o setor automotivo até o setor de alimentos. No que diz respeito às áreas, vale destacar também aquelas profissões que estão relacionadas com a indústria 4.0, relacionada a automação de processos industriais.”

Ele também explica que há diferenças nas áreas de formação mais demandadas entre os estados. Isso se deve à dimensão do país e à complexidade da economia brasileira. Segundo Márcio Guerra, a heterogeneidade de recursos e de produção acaba refletindo essas características.

“Nós sabemos que, em alguns estados, há uma concentração industrial maior e em outras regiões, como a região Norte, há uma dispersão maior. Então a estrutura industrial, ou seja, os setores que são predominantes em determinadas regiões são diferentes.”

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Brasil precisa qualificar 9,6 milhões de trabalhadores em ocupações industriais até 2025

Mapa do Trabalho Industrial

De acordo com o Mapa do Trabalho Industrial 2022-2025, o Brasil precisa qualificar 9,6 milhões de trabalhadores em ocupações industriais nos próximos três anos. Márcio Guerra explica que a projeção considera o contexto econômico, político e tecnológico do país.

“A partir da inteligência de dados, o objetivo do mapa é projetar a demanda por formação profissional de forma que essa informação sirva, não só para o Senai, mas também para uma discussão mais ampla sobre qual vai ser a demanda futura de profissionais no mercado de trabalho. É muito importante para a sociedade conhecer quais são as tendências, quais são as áreas que tendem ao maior crescimento, sobretudo na sua localidade, mas também entender quais profissões têm mais relevância, mais demanda, para que ele possa planejar a sua trajetória de formação profissional”, explica.

Confira outras informações do Mapa do Trabalho Industrial e a demanda de outros estados no link.

Fonte: Brasil 61

Confiança dos empresários da indústria em junho atinge o maior patamar em oito meses

Industriais estão mais otimistas com a economia do país e os próprios negócios, aponta CNI.

Foto: Arquivo/Agência Brasil

O Índice de Confiança do Empresário Industrial (ICEI) em junho atingiu o maior patamar desde outubro de 2021. De acordo com a Confederação Nacional da Indústria (CNI), o otimismo dos empresários cresceu 1,3 ponto, passando de 56,5 pontos para 57,8 pontos. O ICEI continua acima da média histórica, que é de 54,2 pontos. 

O ICEI é composto por dois índices: condições atuais e expectativas. O primeiro avançou 2,1 pontos entre maio e junho, de 49,4 pontos para 51,5 pontos. A alta demonstra que os empresários passaram de uma percepção negativa para uma percepção positiva do setor industrial em relação às condições atuais na comparação com os últimos seis meses. 

Vale ressaltar que quando o índice de condições atuais está abaixo dos 50 pontos significa que as condições atuais, na opinião dos industriais, estão piores do que nos seis meses anteriores. 

O gerente de Análise Econômica da CNI, Marcelo Azevedo, afirma que o otimismo dos empresários industriais tem a ver com a queda no desemprego e a expectativa de que as famílias aumentem o consumo. 

“A confiança reflete a percepção de uma melhora no mercado de trabalho e na renda. A gente tem uma expectativa de demanda positiva e, por conta disso, também uma demanda por compra de insumos para atender a essa demanda. Vem em linha, de fato, com essa percepção dos empresários”, avalia. 

Já o índice de expectativas subiu um ponto e agora está em 61. Quanto mais distante da linha divisória de 50 pontos, segundo a CNI, há mais otimismo da indústria para os próximos seis meses. 

O economista William Baghdassarian entende que a economia brasileira está em recuperação, mas que a confiança dos empresários deve ser acompanhada de cautela.  

“Eles devem estar vendo que a economia tem uma possibilidade de crescer, que eles têm uma possibilidade de vender mais, mas por outro lado tem que ser cauteloso, porque todos os indicadores macroeconômicos mostram que a gente não deve ter um período fácil nos próximos 12 meses”, projeta. 

Segundo o economista, o cenário internacional composto por Guerra entre Rússia e Ucrânia, lockdowns na China por conta da Covid-19 e desaceleração da economia dos Estados Unidos podem afetar a economia brasileira no segundo semestre. 

Desemprego apresenta queda em diferentes índices e alcança cenários da pré-pandemia

Mais da metade das micro e pequenas indústrias acreditam na alta da inflação para os próximos meses, revela pesquisa

Setores

O ICEI de junho cresceu em todas as regiões do Brasil e em empresas de todos os portes (pequenas, médias e grandes). Em relação a maio, a confiança subiu em 20 dos 29 setores analisados. Destaque para o aumento do otimismo nos setores de produtos de borracha (+ 7,9 pontos), produtos de limpeza, perfumaria e higiene pessoal (+ 7,2 pontos) e produtos têxteis (+ 4,6 pontos). 

A confiança recuou em oito setores, principalmente biocombustíveis (- 2,3 pontos), couro e artefatos de couro (- 2,2 pontos) e obras de infraestrutura ( – 2,2 pontos). Apenas o setor de manutenção, reparação e instalação de máquinas e equipamentos não registrou variação. 

De acordo com a CNI, a confiança cresceu mais entre as pequenas indústrias (+ 1,9 ponto), ante alta de 1,2 ponto e 1,3 ponto nas indústrias de médio e grande porte, respectivamente. 

No recorte por regiões geográficas, o ICEI do Norte do Brasil foi o que mais subiu em junho: 3 pontos, puxado, principalmente, pela maior confiança dos empresários do setor de equipamentos de informática, produtos eletrônicos e outros. Trata-se do setor com mais peso no PIB industrial da região, de acordo com a CNI. 

A confiança também cresceu nas regiões Sudeste (2,1 pontos), Sul (1,2 pontos), Nordeste (1,1 ponto) e Centro-Oeste (0,1 ponto). 

Amostra

O levantamento foi feito com 2.191 empresas, das quais 867 eram de pequeno porte, 798 de médio e 526 de grande porte. 

Fonte: Brasil 61

Agências do trabalhador têm 195 vagas de emprego nesta terça-feira (12)

Maior salário, de R$ 2 mil, é oferecido para vendedor de informações comerciais, com quatro oportunidades no Recanto das Emas.

A semana começa com a oferta de 195 vagas de emprego nas agências do trabalhador do Distrito Federal. As oportunidades que oferecem o melhor salário são para vendedor de informações comerciais. O ofício consiste em realizar visitas a clientes, apresentar e demonstrar os produtos, esclarecer dúvidas e acompanhar o pós-venda. Há quatro vagas disponíveis, todas no Recanto das Emas, com salário ofertado de R$ 2 mil mais benefícios. É preciso ter ensino médio completo e experiência na função.

Algumas vagas, como padeiro, mecânico de manutenção de motor a gasolina, azulejista e carpinteiro, não exigem comprovação de escolaridade

Ainda para quem tem o ensino médio, estão disponíveis dez vagas para atendente de balcão, na Asa Sul, com salário de R$ 1.585 mais benefícios, e outras dez oportunidades para auxiliar de limpeza, também com remuneração de R$ 1.585 mais benefícios. Para concorrer às vagas, é preciso ter experiência.

Existem muitas chances também para pessoas com ensino fundamental. Além de 15 vagas para açougueiro, com salário de R$ 1,7 mil mais benefícios, para atuar em Sobradinho, existem oportunidades para atendente de balcão, auxiliar de cozinha, auxiliar de pizzaiolo e motorista de caminhão.

Algumas vagas, como padeiro, mecânico de manutenção de motor a gasolina, azulejista e carpinteiro, não exigem comprovação de escolaridade.

Para profissionais com ensino superior, são disponibilizadas apenas três oportunidades, todas para pedagogos e disponíveis para quem deseja trabalhar com professor do ensino médio ou da educação básica. A remuneração é de R$ 14,10 por hora e o local de trabalho é o Núcleo Bandeirante.

Empregadores que desejarem ofertar vagas ou utilizar o espaço das agências do trabalhador para entrevistas podem se cadastrar pessoalmente nas unidades e pelo aplicativo Sine Fácil. Também é possível solicitar atendimento pelo e-mail gcv@setrab.df.gov.br. Pode ser utilizado, ainda, o Canal do Empregador, no site da Secretaria do Trabalho.

Os interessados podem cadastrar o currículo no aplicativo Sine Fácil ou ir a uma das 14 agências do trabalhador, das 8h às 17h, durante a semana. Mesmo que nenhuma das vagas do dia seja atraente ao candidato, o cadastro vale para oportunidades futuras, já que o sistema cruza dados dos concorrentes com o perfil que as empresas procuram.

Fonte: Agência Brasília

Tecnologia 5G estreia no Brasil nesta quarta-feira

Brasília será primeira cidade a receber nova tecnologia.


O sinal de 5G puro (sem interferência de outras frequências) estreia no Brasil nesta quarta-feira (5). A primeira cidade a oferecer o sinal será Brasília, cujo funcionamento foi aprovado na última segunda-feira (4) pela Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel).

Próxima geração da internet móvel, a tecnologia 5G pura oferece velocidade média de 1 Gigabit (Gbps), dez vezes superior ao sinal 4G, com a possibilidade de chegar a até 20 Gbps. O sinal tem menor latência (atraso) na transmissão dos dados. Um arquivo de 5G pode ser baixado em cerca de 40 segundos nesse sistema.

A tecnologia 5G permitirá a estreia da “internet das coisas”, que permite a conexão direta entre objetos pela rede mundial de computadores. Essa tecnologia tem potencial para aumentar a produção industrial, por meio da comunicação direta entre máquinas, e possibilitar novidades como cirurgias a distância e transporte em carros sem condutores.

A TIM será a primeira operadora a oferecer o sinal 5G puro em Brasília. Em princípio, serão instaladas 100 antenas que atenderão entre 40% e 50% da população do Distrito Federal. Nos próximos dois meses, mais 64 antenas passarão a funcionar, elevando o alcance da tecnologia para 65% da população.

Segundo o conselheiro e vice-presidente da Anatel, Moisés Moreira, as próximas cidades a receber o sinal 5G puro serão Belo Horizonte, Porto Alegre e São Paulo, mas as datas ainda não estão previstas. No início de junho, a agência reguladora definiu que, até 29 de setembro, todas as capitais deverão contar com a tecnologia.

Acesso

Para ter acesso à tecnologia 5G, o cliente deve ter um chip e um aparelho que aceite a conexão. O cliente precisa verificar se a operadora oferece o serviço e estar na área de cobertura. O site da Anatel informa a lista de celulares homologados para o sinal 5G puro.

O consumidor precisa ficar atento porque existem celulares fora da lista que mostram o ícone 5G. Nesses casos, porém, o aparelho não opera o sinal 5G puro, mas o 5G no modo Dynamic Spectrum Sharing (DSS) ou non-standalone (NSA), chamado de 5G “impuro” por operar na mesma frequência do 4G, na faixa de 2,3 gigahertz (GHz). Dependendo da interferência, o sinal 5G “impuro” chega a apresentar velocidades inferiores ao 4G.

Parabólicas

O 5G puro ocupará na faixa de 3,5 GHz, faixa parcialmente ocupada por antenas parabólicas antigas que operam com sinal analógico na Banda C. As pessoas com esse sinal precisarão comprar uma antena nova e um receptor compatível com a Banda Ku, para onde está sendo transferido o sinal das antenas parabólicas. Famílias inscritas no Cadastro Único para Programas Sociais do Governo Federal (CadÚnico) com parabólicas antigas receberão conversores novos, que dispensarão a necessidade de comprar outras antenas.

Segundo a Anatel, Brasília foi escolhida para estrear a tecnologia 5G por ter um número baixo de parabólicas. Conforme os dados mais recentes da agência reguladora, existem cerca de 3,3 mil parabólicas em funcionamento no Distrito Federal.

Originalmente, o edital do leilão do 5G, realizado em novembro do ano passado, previa que todas as capitais deveriam ser atendidas pela telefonia 5G até 31 de julho. No entanto, problemas com a escassez de chips e com atrasos na produção e importação de equipamentos eletrônicos relacionados à pandemia de covid-19 fez o cronograma atrasar dois meses.

Fonte: Agência Brasil