Empresas familiares são a espinha dorsal da economia de Brasília. Elas geram empregos, constroem legados e, muitas vezes, são sinônimo de tradição e confiança. No entanto, por trás do balcão, a gestão desses negócios embute uma complexidade única: a delicada interseção entre patrimônio familiar, relações pessoais e obrigações fiscais rigorosas.
A declaração do imposto de renda de empresas familiares em Brasília vai muito além do simples preenchimento da ECF (Escrituração Contábil Fiscal). Ela envolve decisões estratégicas sobre pró-labore de sócios-parentes, distribuição de lucros entre herdeiros e a constante armadilha da confusão patrimonial.
Um erro na declaração do IRPJ de empresas familiares no DF não resulta apenas em multas da Receita Federal; pode inflamar conflitos internos, gerar passivos trabalhistas e, no longo prazo, destruir o patrimônio construído durante décadas no momento da sucessão.
Este guia da Prestacon Contabilidade, com mais de 30 anos de experiência em Taguatinga assessorando negócios familiares, é um manual estratégico. Vamos abordar a declaração do IRPJ, as armadilhas comuns e como o planejamento tributário e sucessório pode garantir a perenidade do seu legado.
O Que Caracteriza Uma Empresa Familiar no Brasil?
Uma empresa familiar, em conceito prático, é aquela cuja propriedade e/ou gestão está concentrada em membros de uma ou mais famílias. A sucessão no comando está, geralmente, destinada a herdeiros.
Estima-se que mais de 80% das empresas no Brasil tenham perfil familiar. No Distrito Federal, esse número é similar, permeando desde pequenos comércios em Taguatinga até grandes construtoras e redes de serviços.
O desafio é que, enquanto empresas "corporativas" são geridas por métricas frias (KPIs, ROI), empresas familiares são geridas por uma mistura de métricas e emoções. Isso cria desafios tributários únicos:
- Confusão Patrimonial: A conta da empresa paga o colégio do filho? O carro do sócio está em nome do CNPJ?
- Remuneração: Como remunerar o filho-diretor versus o sobrinho-gerente? E o sócio-fundador que já se aposentou?
- Sucessão: O que acontece quando o fundador falta? A empresa sobrevive ao inventário?
É por isso que a tributação de empresas familiares requer atenção especial. Ela precisa ser tecnicamente impecável para suportar a complexidade das relações humanas envolvidas.
IRPJ: Fundamentos Para Empresas Familiares
O IRPJ (Imposto de Renda da Pessoa Jurídica) é o principal tributo federal sobre o lucro das empresas. Para um negócio familiar, entender sua mecânica é vital.
- O que é IRPJ? É o imposto cobrado sobre o lucro líquido apurado pela empresa em um determinado período (trimestral ou anual).
- Base de Cálculo: É o "lucro" da empresa. A forma como esse lucro é calculado depende do regime tributário (ver próximo H2).
- Alíquotas Aplicáveis:
- A alíquota padrão é de 15% sobre o lucro apurado.
- Há um adicional de 10% sobre a parcela do lucro que exceder R$ 20.000,00 por mês (ou R$ 60.000,00 no trimestre).
- CSLL (Contribuição Social sobre o Lucro Líquido): Anda junto com o IRPJ. A alíquota é de 9% sobre a mesma base de cálculo. Na prática, o "imposto sobre o lucro" totaliza 24% (ou 34% na faixa do adicional).
A particularidade em empresas familiares é que o planejamento para reduzir essa base de cálculo (o lucro) é mais complexo, pois envolve diretamente a remuneração (pró-labore) dos sócios.
Regimes Tributários Para Empresas Familiares em Brasília
A escolha do regime tributário é a decisão anual mais importante que sua empresa familiar tomará. Ela impacta o IRPJ, a CSLL, o PIS/COFINS e, crucialmente, como os lucros podem ser distribuídos aos sócios.
| Regime | Como Funciona o IRPJ/CSLL | Ideal Para Qual Empresa Familiar? |
|---|---|---|
| Simples Nacional | Alíquota única sobre o Faturamento Bruto (limite de R$ 4,8Mi/ano). | Pequenas empresas familiares (ME/EPP) com custos baixos e margem de lucro saudável. |
| Lucro Presumido | O Fisco "presume" seu lucro (ex: 8% para comércio, 32% para serviços) e tributa essa presunção. | Empresas (até R$ 78Mi/ano) com margens de lucro altas (acima da presunção) e poucos custos operacionais. |
| Lucro Real | O imposto incide sobre o lucro contábil real (Receitas - Despesas Dedutíveis). | A escolha da maioria das MPEs familiares. Ideal para empresas com margens apertadas, custos altos (folha, aluguel) ou que buscam o máximo de planejamento tributário. |
Para empresas familiares de médio e grande porte em Brasília, a disputa é quase sempre entre Lucro Presumido e Lucro Real. O Lucro Real, embora mais complexo, costuma ser mais vantajoso, pois permite abater despesas como o pró-labore dos sócios-diretores, reduzindo a base de cálculo do IRPJ.
Essa escolha também impacta a sucessão. Em um planejamento sucessório, transferir quotas de uma empresa no Lucro Real (cujo valor patrimonial contábil pode ser baixo) é, muitas vezes, tributariamente mais eficiente do que no Presumido.
Desafios Tributários Específicos de Empresas Familiares
A Receita Federal olha com lupa para empresas familiares. Os auditores sabem onde procurar as inconsistências que surgem da informalidade e da mistura entre família e negócios.
Aqui estão 10 situações complexas que geram alto risco fiscal:
- Confusão Patrimonial: Usar a conta PJ para pagar despesas pessoais dos sócios (escola, cartão de crédito, viagens). Isso é considerado "distribuição disfarçada de lucros" e é tributado.
- Distribuição de Lucros Desproporcional: Pagar mais lucros para o filho-gestor do que para a mãe-sócia (que não trabalha), sem que isso esteja previsto em um Acordo de Sócios.
- Pró-labore "Simbólico": Definir um pró-labore de R$ 1.500 (salário mínimo) para o sócio-diretor (que na prática tem um custo de vida de R$ 30.000) apenas para "fugir" do INSS, e tirar o resto como lucro isento. O Fisco pode descaracterizar e autuar.
- Empréstimos Sócio-Empresa (Mútuo): A empresa "emprestar" dinheiro para o sócio sem um contrato de mútuo, sem prazo e sem juros (IOF).
- Bens Particulares em Nome do CNPJ: Comprar o carro de luxo ou o apartamento de praia em nome da empresa para abater despesas (IPVA, condomínio). O Fisco glosa essas despesas e tributa o sócio pelo uso.
- Contratação de Parentes "PJ": Contratar o cônjuge ou filho como "MEI" ou "PJ" para prestar um serviço que, na verdade, tem características de CLT (subordinação, habitualidade), criando um passivo trabalhista e fiscal.
- Operações "sem valor de mercado": A empresa familiar vender um imóvel para um sócio por um valor muito abaixo do mercado para "facilitar" a partilha.
- Falta de Acordo de Sócios: A ausência de um documento legal que defina regras de remuneração, entrada de novos sócios (cônjuges, herdeiros) e saída.
- Distribuição de Lucros com Contabilidade Irregular: Distribuir lucros (isentos de IR) sem que a contabilidade esteja 100% regular (ECD/ECF entregues), tornando essa distribuição tributável.
- Apropriação Indébita de Caixa: O famoso "sangramento" do caixa, onde os sócios retiram dinheiro sem registro, criando um rombo no balanço.
Pró-labore e Distribuição de Lucros: Como Equilibrar
Este é o ponto central do planejamento tributário em empresas familiares. Entender essa diferença é crucial:
- Pró-Labore: É o "salário" do sócio que trabalha na empresa (o administrador).
- Tributação: Sofre retenção de 11% de INSS e IRPF na fonte (Tabela Progressiva 0% a 27,5%).
- Benefício: Conta para a aposentadoria (INSS) e é uma despesa dedutível para a empresa (se ela for Lucro Real), reduzindo o IRPJ e a CSLL.
- Distribuição de Lucros (Dividendos): É a divisão do lucro líquido da empresa entre todos os sócios (trabalhando ou não), na proporção de suas quotas.
- Tributação: Isenta de IRPF e INSS para o sócio.
- Condição: A empresa precisa ter apurado lucro contábil e estar com a contabilidade regular.
O Erro Comum: O sócio-gestor quer pagar o mínimo de INSS/IRPF e define um pró-labore de R$ 1.500, tirando R$ 40.000 como "lucro".
O Risco: O Fisco entende que o "salário" real (pró-labore) de um diretor que vive com R$ 40.000 não é R$ 1.500. Ele pode descaracterizar a operação, arbitrar um pró-labore justo e cobrar todo o INSS e IRPF retroativos sobre a diferença.
Como a Prestacon equilibra: Definimos um pró-labore justo e compatível com o mercado para os sócios-gestores (garantindo sua aposentadoria e a dedutibilidade no Lucro Real) e distribuímos o restante do resultado como lucros isentos, dentro da mais estrita legalidade.
Declaração de IRPJ: Passo a Passo Para Empresas Familiares
A declaração do IRPJ de empresas familiares no DF não é um único formulário. É um ecossistema de declarações (o SPED - Sistema Público de Escrituração Digital) que se interligam. O processo, geralmente focado em empresas de Lucro Presumido e Real, segue esta ordem:
- ECD (Escrituração Contábil Digital):
- O que é: É o "Livro Diário" digital. É a base de tudo. Aqui, a contabilidade registra 100% dos fatos contábeis (compras, vendas, pagamentos, despesas).
- Prazo: Último dia útil de maio.
- Cuidado Familiar: É aqui que a "confusão patrimonial" aparece. Se o extrato bancário (que alimenta a ECD) mostra pagamentos de "Escola" ou "Cartão Pessoal", a contabilidade fica irregular, impedindo a distribuição de lucros isentos.
- ECF (Escrituração Contábil Fiscal):
- O que é: Esta é a Declaração de Imposto de Renda (IRPJ e CSLL) propriamente dita.
- Como funciona: Ela "puxa" os dados da ECD e aplica as regras fiscais. É aqui que se preenche o LALUR (Livro de Apuração do Lucro Real), adicionando despesas não-dedutíveis (ex: multas, doações) e excluindo receitas não-tributáveis.
- Prazo: Último dia útil de julho.
- DCTF (Declaração de Débitos e Créditos Tributários Federais):
- O que é: É a "confissão de dívida" mensal. É nela que a empresa informa ao Fisco quanto IRPJ e CSLL (e outros tributos federais) ela apurou na ECF e como ela pagou (via DARF).
Atenção Especial: Transações Entre Partes Relacionadas
Na ECF, existe um bloco específico para "Transações entre Partes Relacionadas" (sócios, diretores, empresas coligadas). Empresas familiares são o foco disso. Se a sua empresa "A" (Industrial) vende um produto para sua empresa "B" (Comercial), ambas da mesma família, essa transação precisa ser registrada. O Fisco quer garantir que o preço dessa transação ("preço de transferência interno") seja o valor de mercado, para evitar que o lucro seja artificialmente transferido para a empresa que paga menos imposto.
Holding Familiar: Vantagens Tributárias em Brasília
Para empresas familiares de médio e grande porte, a solução mais sofisticada para organizar o patrimônio, pagar menos impostos e facilitar a sucessão é a Holding Familiar.
O que é? É a criação de uma nova empresa (um CNPJ) que não opera nada, ela apenas "segura" (do inglês to hold) as quotas/ações das empresas operacionais e/ou os imóveis da família. Os membros da família deixam de ser sócios diretos da empresa operacional e passam a ser sócios da Holding.
Vantagens Tributárias e Sucessórias:
- Planejamento Sucessório (A Maior Vantagem): O fundador, em vida, doa as quotas da Holding aos herdeiros, mas reserva para si o "usufruto". Isso significa que ele continua no controle total (votando e recebendo 100% dos lucros) enquanto viver. Quando ele falecer, o usufruto é "baixado" e os herdeiros assumem o controle automaticamente, sem necessidade de inventário, sem briga de partilha e sem paralisar a empresa.
- Economia de ITCMD no DF: O inventário sobre as quotas pode ser caríssimo. Ao doar as quotas em vida, o ITCMD (imposto de doação/herança do DF) é pago no ato da doação, geralmente sobre um valor de quota muito menor (valor contábil), gerando uma economia de até 90% em impostos de sucessão.
- Proteção Patrimonial ("Blindagem"): A Holding separa o patrimônio (imóveis, quotas) do risco operacional. Se a empresa "filha" (operacional) sofrer um processo trabalhista ou fiscal, o patrimônio guardado na Holding (desde que estruturado corretamente) não é atingido.
- Organização da Renda (Aluguéis): Se a família tem imóveis alugados para a própria empresa ou para terceiros, recebê-los na Pessoa Física (até 27,5% de IR) é muito mais caro do que recebê-los na Holding (Lucro Presumido, aprox. 11,33% a 14,53%).
A Prestacon Contabilidade em Taguatinga possui um núcleo especializado na estruturação completa de Holdings Familiares, desde o estudo de viabilidade até o registro dos contratos.
Planejamento Sucessório e Impactos Tributários
O planejamento sucessório tributário é a principal função da Holding. O maior inimigo do legado familiar é o ITCMD (Imposto sobre Transmissão Causa Mortis e Doação).
No Distrito Federal, o ITCMD é progressivo (varia de 4% a 6% sobre o valor do patrimônio herdado ou doado). Se o fundador de uma empresa em Brasília (avaliada em R$ 10 milhões) falece sem planejamento, seus herdeiros terão que:
- Abrir um inventário (caro e lento, pode levar anos).
- Pagar o ITCMD do DF sobre os R$ 10 milhões (centenas de milhares de reais) antes de receberem as quotas.
- Muitas vezes, os herdeiros não têm o dinheiro, e a empresa tem que se endividar ("vender o almoço para pagar a janta") para pagar o imposto da herança, descapitalizando o negócio.
Estratégias Legais (Planejamento):
- Doação de Quotas em Vida com Usufruto: Como explicado no H2 da Holding, é a principal ferramenta. O imposto é pago sobre um valor menor e em vida.
- Integralização com Imóveis: Transferir os imóveis da Pessoa Física para a Holding (pagando ITBI, mas com isenção em muitos casos, se não for atividade imobiliária) para que eles também saiam do inventário.
Erros Comuns em Empresas Familiares de Brasília
Com base em nossa experiência em Taguatinga, listamos os 12 erros mais fatais que vemos empresas familiares cometerem e que levam a autuações da Receita Federal:
- Confusão Patrimonial: Pagar contas pessoais na PJ (o erro nº 1).
- Pró-labore Inexistente ou Fixo: Não pagar pró-labore para sócio-gestor, ou pagar um valor simbólico (risco de autuação do INSS e Receita).
- Distribuição de Lucros sem Contabilidade: Pagar lucros "adiantados" sem ter certeza se a empresa deu lucro contábil.
- Mútuo (Empréstimo) Informal: Fluxo de caixa entre sócio e empresa sem contrato, IOF e juros.
- Ausência de Acordo de Sócios: Não ter regras claras para remuneração, férias, entrada de cônjuges na sociedade e sucessão.
- "Estagiários" Familiares: Manter parentes trabalhando sem registro (CLT ou estágio formal), criando passivo trabalhista.
- Contratação "PJ" de Parente: Simular uma contratação PJ para evitar encargos CLT.
- Remuneração Indireta: Pagar benefícios (carro, apartamento) para o sócio e não declarar isso como remuneração (onde incidiria IR/INSS).
- Falta de Planejamento Sucessório: Acreditar que "na hora a gente resolve" (o inventário será a consequência).
- Escolha errada do Regime Tributário: Manter a empresa no Lucro Presumido (por ser "mais fácil") quando o Lucro Real geraria milhões em economia fiscal (ou créditos).
- Bens da Empresa em Nome de "Laranjas": Tentar ocultar patrimônio da empresa em nome de familiares que não participam do negócio.
- Ignorar a Consultoria: Ver o contador como um "mal necessário" (emissor de guias) e não como um consultor estratégico.
Governança Corporativa e Compliance Tributário
A solução para 90% dos erros acima tem um nome: Governança Corporativa.
Em empresas familiares, a governança é o conjunto de regras que separa "Família" de "Empresa" e "Patrimônio".
- Separação Gestão x Propriedade: Definir quem é dono (sócio) e quem trabalha (gestor). O sócio-herdeiro que não trabalha na empresa não deve ter um pró-labore, apenas receber lucros.
- Acordo de Sócios (Quotistas): É o documento-mestre. Mais importante que o Contrato Social, ele define as regras do "jogo":
- Qual o pró-labore de cada sócio-gestor?
- Como será a distribuição de lucros?
- O cônjuge do sócio pode entrar na sociedade?
- O que acontece se um sócio quiser sair?
- Como os herdeiros serão preparados para a sucessão?
- Compliance Tributário: É a criação de regras internas (com auditoria da contabilidade) para garantir que nenhum erro (como a confusão patrimonial) aconteça.
Fiscalização da Receita Federal em Empresas Familiares
O Fisco adora fiscalizar empresas familiares, pois a informalidade é alta. Os pontos de atenção do T-Rex (supercomputador da Receita) são:
- Partes Relacionadas: O Fisco cruza o CPF do sócio com o CNPJ. Ele vê se o carro da empresa está sendo usado pelo filho (via multas de trânsito) ou se o aluguel pago pela empresa cai na conta da esposa do sócio.
- Distribuição de Lucros Desproporcional: A Receita verifica se a distribuição de lucros (isenta) foi maior que o lucro contábil apurado na ECD/ECF.
- Pró-Labore x Lucros: Análise de discrepâncias muito grandes entre um pró-labore de R$ 1.500 e uma retirada de lucro de R$ 1 milhão.
Como se proteger? Com compliance e documentação. Cada transação entre sócio e empresa deve ter um contrato (mútuo, aluguel) e ser feita em valor de mercado. A assessoria da Prestacon foca em blindar a empresa antes que a fiscalização chegue.
Ferramentas e Sistemas Para Gestão Tributária
Uma empresa familiar de médio porte em Brasília não pode ser gerenciada em planilhas de Excel. O risco é muito alto.
- ERPs Integrados: É obrigatório ter um sistema de gestão (ERP) que integre o financeiro, o estoque e o faturamento.
- BI (Business Intelligence): Ferramentas que transformam os dados do ERP em dashboards visuais, permitindo que os gestores (família) vejam a lucratividade e o caixa em tempo real.
- Automação de Obrigações: A contabilidade (Prestacon) usa tecnologia (IA) para importar automaticamente os dados do ERP, processar a contabilidade e gerar as obrigações (SPED, ECF), reduzindo o erro humano.
Como a Prestacon Atende Empresas Familiares em Taguatinga
Na Prestacon Contabilidade, respiramos a realidade das empresas familiares de Brasília há mais de 30 anos. Nosso escritório em Taguatinga não é apenas um centro de processamento de guias; é um hub de consultoria estratégica.
- Experiência com Estruturas Familiares: Entendemos a dinâmica. Sabemos mediar conflitos tributários entre gerações.
- Planejamento Tributário e Sucessório: Nosso principal serviço. Analisamos sua estrutura atual e projetamos a economia futura com a implementação de Holdings e planejamento sucessório.
- Estruturação de Holdings: Cuidamos de todo o processo de A a Z: estudo de viabilidade, elaboração dos contratos, registro na JCDF e transferência de patrimônio.
- Governança e Acordos: Assessoramos na elaboração de Acordos de Sócios focados em regras claras de remuneração e sucessão.
- Compliance Total: Atuamos como "guardiões" do compliance, auditando as operações mensais para garantir que a empresa não saia da linha.
Temos cases (anonimizados) de empresas do SIA e de Taguatinga que economizaram milhões em impostos sucessórios e reduziram sua carga de IRPJ em mais de 40% através dessas reestruturações.
Checklist Anual: IRPJ de Empresas Familiares
Use esta lista (25 itens) para verificar seu nível de risco antes de fechar o balanço:
- A contabilidade (ECD/ECF) do ano anterior foi entregue no prazo?
- O regime tributário (Real vs. Presumido) foi validado este ano?
- As contas pessoais estão 100% separadas da PJ?
- Todos os sócios-gestores têm pró-labore definido e pago?
- O valor do pró-labore é compatível com a função e o mercado?
- O INSS e o IRPF sobre o pró-labore foram recolhidos?
- A empresa apurou lucro contábil antes de distribuir?
- A distribuição de lucros foi proporcional às quotas (ou conforme Acordo)?
- Todos os empréstimos (mútuos) com sócios estão formalizados em contrato?
- O IOF sobre esses mútuos foi pago?
- Os juros (padrão de mercado) estão sendo aplicados nesses mútuos?
- Não há bens de uso pessoal dos sócios em nome do CNPJ?
- (Se houver) O uso desses bens está sendo taxado como remuneração indireta?
- Todos os parentes que trabalham na empresa estão registrados (CLT/Estágio)?
- Não há simulação de contratação "PJ" de familiares?
- Todas as transações entre empresas do mesmo grupo familiar são feitas a valor de mercado?
- O inventário (Bloco K), se aplicável, está correto?
- Existe um Acordo de Sócios válido e assinado?
- As regras de sucessão estão claras neste acordo?
- A empresa possui Holding Familiar para proteção patrimonial?
- A estratégia de doação de quotas com usufruto foi avaliada?
- O ITCMD do DF foi considerado nesse planejamento?
- O Balanço Patrimonial "fecha" (sem caixa estourado ou lucros acumulados irreais)?
- A empresa possui todas as CNDs (Certidões Negativas)?
- Meu contador atual me apresentou um relatório sobre esses riscos este ano?
Perguntas Frequentes sobre IRPJ em Empresas Familiares
1. O que é IRPJ e CSLL?
São os impostos sobre o lucro. IRPJ (Imposto de Renda Pessoa Jurídica) e CSLL (Contribuição Social sobre o Lucro Líquido). Em conjunto, geralmente somam 24% (ou 34%) sobre o lucro (no Lucro Real/Presumido).
2. Qual a diferença de Pró-Labore e Lucro?
Pró-labore é o "salário" do sócio que trabalha; sofre incidência de INSS e IRPF. Lucro (Dividendo) é a divisão do resultado positivo da empresa; é isento de impostos para o sócio.
3. Posso pagar só lucros e não pagar pró-labore?
Não. Todo sócio que administra (trabalha) na empresa é obrigado por lei a contribuir para o INSS, e a forma de fazer isso é via pró-labore.
4. O que é "confusão patrimonial"?
É o ato de misturar as finanças pessoais dos sócios com as da empresa. Pagar uma conta pessoal com dinheiro da PJ é o exemplo clássico e um erro grave.
5. Vale a pena abrir uma Holding Familiar em Brasília?
Para empresas familiares de médio/grande porte, quase sempre. É a melhor ferramenta para proteger o patrimônio (imóveis, etc.) dos riscos do negócio e para fazer o planejamento sucessório pagando muito menos imposto (ITCMD).
6. O que é ITCMD no DF?
É o Imposto sobre Transmissão Causa Mortis e Doação. É o imposto estadual (distrital) pago sobre heranças (inventário) ou doações em vida. No DF, a alíquota é progressiva de 4% a 6%.
7. Como a Holding economiza no ITCMD?
Ela permite que o fundador doe as quotas em vida aos herdeiros (pagando o ITCMD no ato, geralmente sobre um valor contábil baixo) e mantenha o usufruto (controle). Quando ele falece, os herdeiros assumem o controle automaticamente, sem inventário e sem pagar o imposto novamente sobre o valor de mercado.
8. Posso contratar meu filho como MEI na minha empresa familiar?
Pode, mas é arriscado. Se ele cumprir horário, tiver um chefe (você) e receber salário fixo, isso caracteriza vínculo CLT. Se ele for acionado na Justiça do Trabalho, a empresa será condenada a pagar todos os direitos retroativos.
9. O que é um Acordo de Sócios?
É um "contrato de gaveta" (mas com validade legal) que estabelece as regras de convivência da família na empresa: quem manda, quem ganha quanto, o que acontece se um sócio morrer ou quiser sair, etc.
10. Qual o melhor regime para empresa familiar: Simples, Presumido ou Real?
Depende. Para MPEs (médias/grandes) em Brasília, a disputa é entre Presumido e Real. O Lucro Real é, muitas vezes, mais vantajoso por permitir abater despesas altas (como a folha de pagamento da família) do IRPJ.
11. O que é ECF e ECD?
São as principais declarações do IRPJ. ECD (Escrituração Contábil Digital) é o livro contábil. ECF (Escrituração Contábil Fiscal) é a declaração de imposto de renda, que usa os dados da ECD para calcular o imposto.
12. Meu pai quer se aposentar. Ele pode continuar recebendo da empresa?
Sim. Ele deixa de receber pró-labore (pois não trabalha mais) e passa a receber apenas a distribuição de lucros (isenta), como qualquer sócio-investidor.
Conclusão
A gestão do imposto de renda em empresas familiares de Brasília é uma das áreas mais sensíveis da contabilidade. Ela exige um profissional que não seja apenas técnico (para o IRPJ), mas também um estrategista (para o planejamento sucessório tributário) e um mediador (para a governança).
Tratar a contabilidade da sua empresa familiar como um "mal necessário" é colocar em risco o legado que sua família construiu. A informalidade e a confusão patrimonial são bombas-relógio que explodem nas mãos da Receita Federal ou no caro processo de um inventário.
Na Prestacon Contabilidade, em Taguatinga, somos especializados em desarmar essas bombas. Estruturamos Holdings, implementamos acordos de sócios e garantimos o compliance do seu IRPJ, protegendo seu patrimônio para as próximas gerações.
Planejamento Tributário e Sucessório Para Sua Empresa Familiar
Consultoria em Taguatinga - (61) 3562-9800
